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Efeitos psicológicos da música

 

          A música nos afeta emocionalmente “porque cria ambiente de humor aos quais reagimos em um nível subconsciente e não-verbal” (MCCLELLAN, 1994, P. 143 apud JÚNIOR J; 2008). Quando ouvimos música, ocorre um processo no qual os sons são captados pelos ouvidos, convertidos em impulsos e percorrem os nervos auditivos até o tálamo, que é a estação central das emoções, sensações e sentimentos (IBID).
          Pelo fato da música atuar no sistema nervoso central, ela pode provocar efeitos sedantes ou estimulantes, dependendo se o ouvinte gosta da música e está em um ambiente pessoal e adequado (POCH BLASCO, 1999 apud JÚNIOR J; 2008). A conceitualidade e indução são duas características psicológicas da música apresentadas por Sekeff (2007 apud JÚNIOR J; 2008). A conceitualidade da música favorece muitas leituras  da música, “ela nunca diz nada”(p.33). Esta característica de a conceitualidade estabelece na escuta uma lacunosidade e “acaba por facultar associação, evocação e integração de experiências, entende-se quão rica é a sua natureza psicológica” (ibid, p. 32). 
          A música induz atividades motoras, efetiva e intelectual, em razão dos seus elementos constitutivos, o ritmo, a melodia, a harmonia e o timbre. O ritmo tem efeitos fisiológicos e psicológicos. Através de um ritmo “pode-se condicionar uma resposta inconsciente automática em nível subcortical, em nível de tálamo propriamente dito” (ibid, p. 44). Os efeitos psicológicos estão relacionados à intensidade do ritmo, se é mais intenso ou menos intenso, mais forte ou mais fraco.
          A melodia, através da sequência de alturas, está vinculada à consciência afetiva, conforme JÚNIOR J; (2008). Quando se ativa a memória através da música transmite-se pensamentos de que a senescência é um período próprio à recordação. Assim a pessoa reconstrói experiências do presente e do passado. Essa memória advém de um trabalho em que o fazer da música suscita o inconsciente a trazer material ao consciente. (MASCARANHAS E SILVA, 2016).
          A harmonia engloba o aspecto sensorial no momento em que há uma simultaneidade de sons que é percebido pelo ouvido interno; o aspecto afetivo, nas relações entre os sons que formam o acorde através de consonância e dissonância, tensão e relaxamento e; o aspecto mental, pois é preciso fazer uma análise para estabelecer as relações entre os sons.
          O timbre é a forma como percebemos e diferenciamos os diferentes sons. O timbre favorece respostas  talâmicas nos homens e nos animais, que “são aquelas sensações que não necessitam de interpretação pelas funções superiores do cérebro” (SEKEFF, 2007, p. 48 apud JÚNIOR J; 2008).