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A música como Terapia

 
           A música é indicada para o desenvolvimento de potenciais e recuperação de funções, com  objetivos terapêuticos relevantes que envolvem a melhora das necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do indivíduo. (BARBOSA, 2014). A música, mais do que qualquer outra arte, tem uma representação neuropsicológica extensa, com acesso direto à afetividade, controle de impulsos, emoções e motivação. Ela pode estimular a memória não verbal por meio das áreas associativas secundárias as quais permitem acesso direto ao sistema de percepções integradas ligadas às áreas associativas de confluência cerebral que unificam as várias sensações. Exemplo pode ser dado referindo-se à sensação gustativa, olfatória, visual e proprioceptiva as quais dependem da integração de várias impressões sensoriais num mesmo instante, como a lembrança de um cheiro ou de imagens após ouvir determinado som ou determinada música. O conjunto dessas atividades motoras e cognitivas envolvidas no processamento da música é chamado de função cerebral. Tal função exige várias operações mentais tais como interpretação de ritmos, harmonias, timbres, expressão motora, processos cognitivos e emocionais  para a formação de um complexo de interpretação da música. (MUSZKAT, 2012 apud BARBOSA, 2014).
           A música e a linguagem são ferramentas de estudo que exploram funções cerebrais. Enquanto a voz falada envolve entonação, ritmo, andamento e um contorno melódico, a música utiliza-se da linguagem de símbolos para comunicação e expressão. No entanto, ambas dependem de esquemas sensoriais responsáveis pela percepção e processamento auditivo e visual para que haja uma organização temporal e motora necessárias para a fala e execução musical. (MUSZKAT et al, 2000 apud BARBOSA, 2014). 

           Ao chegarem aos ouvidos, os sons são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo, região do cérebro considerada central para as emoções, sensações e sentimentos. Os impulsos cerebrais provocados pela música afetam todo o corpo e podem ser detectados por técnicas de escaneamento cerebral ou neuroimagem. (GASPARINI, 2003 apud BARBOSA, 2014). A capacidade de a música influenciar o estado emocional do indivíduo se deve ao fato dela produzir reações fisiológicas cuja magnitude parece depender do conteúdo emocional. Portanto, a percepção musical envolve muitas variáveis, muitas áreas encefálicas e é capaz de influenciar o corpo todo através das reações emocionais e fisiológicas. (CARTER, 2009 apud BARBOSA, 2014). 

            O cérebro, sendo um centro cognitivo de atividades mentais superiores que abrange sentimentos, criatividade e inteligência, é separado por uma grande fissura que o divide em dois hemisférios cerebrais, hemisfério direito e esquerdo. Um efeito muito versado é a contralateralidade, onde o hemisfério esquerdo cerebral exerce o controle do lado direito do corpo e vice-versa. (CUNHA, 2011 apud BARBOSA, 2014). Essa troca de informação entre os hemisférios se dá em virtude de algumas estruturas nervosas como o corpo caloso. (SILVERTHORN, 2003 apud BARBOSA, 2014). De uma forma geral, o hemisfério cerebral esquerdo contém as habilidades verbais, analítica e o controle da linguagem em seus aspectos lógicos, enquanto as não verbais, holísticas, afetivas, emoções e intuitiva, dependem do hemisfério cerebral direito. (SCHMIDEK, 2005 apud BARBOSA, 2014).  Existe uma lateralização hemisférica para a música de forma que no hemisfério direito ocorre a discriminação do contorno melódico, do aspecto emocional da música e dos timbres nas regiões temporais e frontais. No entanto, o ritmo, a duração, a métrica e a discriminação da tonalidade ocorrem no hemisfério esquerdo do cérebro o qual também processa a altura estando relacionado exatamente às áreas da linguagem que reconhecem o arranjo musical. (MUSZKAT, 2012 apud BARBOSA, 2014). 
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